quinta-feira, 17 de março de 2011

O de Ópio

Como é possível quebrar as costas duma civilização? Os britânicos tentaram fazer isso com drogas. A disponibilidade fácil de ópio que eles induziram casou uma situação caotiquíssima na China e provocou as Guerras de Ópio em que a China foi aberta brutalmente aos impérios europeus. Muitos chineses se tornavam adito de ópio. Eles fumaram para tornar-se baratinados. Imagine que fosse um camponês chinês do século dezenove: incrivelmente pobre, morando nos caprichos do sol e da chuva, e de repente um escape aparecesse para a luz doce dum mundo de tranquilidade máxima que existe ao fim dum cachimbo cerâmico ou de bambu.

Claro, as drogas ainda são bem influentes. No mundo atual, se o poder dum governo numa região for diminuído, é provável que seja reposto por um cartel de drogas. Considere Afeganistão, México, Colômbia, ou as partes pobres das cidades americanas ou brasileiras. São domínios do olho frio do narcotráfico. Se uma catástrofe acontecesse e os governos do mundo desabassem, podia imaginar um mundo controlado por eles, que, como muitos governos históricas, controlam aceso de algo bem querido. A diferença entre ele e um guerreiro numa aldeia sem defensa, um Senhor com terra num lugar agrário, ou um dono dum cassino numa cidade de jogadores é difícil distinguir.

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