sexta-feira, 4 de março de 2011

K de Kraken

Como homem criado no Colorado, com centenas de milhas entre mim e a costa em cada direção, eu tenho um medo, bem, uma inquietação do mar. Não ajuda de maneira nenhuma que o meu pai me tenha me mostrado o filme “Jaws” quando era muito jovem. Não quero imaginar que aconteceria se eu fosse à praia com menina que quisesse nadar comigo no noite alta- o som das duas teças mais baixas do piano tocando, num ritmo apressado envolveria a minha cabeça. (Eu também gostava de brincar com os soldados de chumbo até o meu pai me mostrar a cena inicial de “Saving Private Ryan,” mas acho que ter aversão disso é mais saudável.)

O mar é um “outro” grande da humanidade- fonte da vida e atração para a maioria da população- mas ultima e profundamente misterioso e enigmático. Portador de vida e morte, dependente dos caprichos dele, uma graça ou uma maldição para o viajante. Me fascinam as lendas dos Vikings, os Europeus originais que foram para o Novo Mundo pelo Oceano Atlântico.

A Kraken é uma monstruosidade, parte lula gigantesca, parte ilha que aparece de repente. Mas também era fonte da vida- os pescadores tinham crenças que uma pesca perto da Kraken era ótimo. Podemos tentar explicar o Kraken de algumas maneiras- atividade vulcânica, no mar, tempestades terríveis, e, mais interessante, as lulas enormes que são encontradas mortas nas redes de barcões. Apesar de meu medo, me parece muito triste que as lendas antigas agora sejam algo inconveniente e morto nas rodas dentudas de nossa civilização.

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