sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

D de Declínio


Atualmente, neste país, a idéia de declínio está presente em todo lugar- grita das capas de revistas políticas, paira nas aulas e nos escritórios, abençoando conversações pedantes, e até mesmo escorrega nos comícios populistas, uma coisa que não pode ser reconhecido, exatamente, mais por muito é responsável- dívida gargantuosa, guerra interminável, políticos corruptos, filhos preguiçosos, infraestrutura decadente, a gente alienada pela conexão constante com informação banal.

Eu não sei se a America está num declínio terminal; sempre há pessoal dizendo isso, mas os impérios caem aos pedaços sem respeito às previsões falsas. Como estudante da História, me fascinam as reações da gente nos impérios em perigo. Nos impérios romano, britânico, otomano, no Califato Abbasid, pessoas percebiam declínio e prescreveriam, geralmente, um regresso aos modos antigos. Numa época de novas formas de guerra em que o império otomano estava sofrendo, o sultão vestiu a armadura do seu avô e chefiou o exército à batalha. O território do império continuava diminuindo.

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